Top 3: Gilberto Gil

Um dos principais nomes da música brasileira, Gilberto Gil possui uma carreira longeva que ultrapassa cinco décadas e uma vasta discografia com trabalhos que expressam grande diversidade rítmica e letras repletas de poesia. 

Juntamente com Caetano Veloso, Os Mutantes, Tom Zé e Gal Costa, Gil encabeçou um importante movimento musical que ficou conhecido como Tropicália, que misturava no mesmo balaio gêneros como rock psicodélico, pop, baião, samba, bossa nova e outros mais.

Sempre aberto à experimentações, o artista foi abraçando novos estilos ao longo da carreira – do reggae à new wave. Sua contribuição para a identidade da música brasileira e para a cultura em geral são inestimáveis.

Como ficou perceptível nos parágrafos anteriores, o Top 3 da vez presta uma homenagem ao grande Gilberto Gil. De maneira despretensiosa, selecionamos os três melhores álbuns de estúdio lançados por ele. Vamos aos escolhidos?

Por Álvaro Silva

Expresso 2222 (1972)

Para muitos, Expresso 2222 é a obra-prima de Gilberto Gil. O álbum registra o retorno do artista ao Brasil após período de exílio em Londres, assunto tratado explicitamente nos versos da música “Back In Bahia”, e traz uma sonoridade que mistura rock e música tradicional nordestina. As faixas são repletas de grooves irresistíveis de contrabaixo e passagens psicodélicas de guitarra providas pelo genial Lanny Gordin.

🎧 Ouça aqui.

Refazenda (1975)

Apresentando uma sonoridade mais bucólica do que a presente em seus álbuns anteriores, Refazenda mostra Gil imerso na música nordestina de raiz, mas também disposto a se valer do folk rock para embalar algumas de suas composições. Com a verve poética afiada, o artista brinca com as palavras disparando pérolas como a faixa-título, “Retiros Espirituais” e “Lamento Sertanejo”.

🎧 Ouça aqui.

Raça Humana (1984)

Com a carreira muito identificada com o violão, em Raça Humana, Gil resolveu investir numa sonoridade calcada no pop rock que era praticado à época, resultando no uso massivo da guitarra, dos teclados e da bateria eletrônica. O fruto dessa investida é um dos melhores álbuns de pop rock lançados na década de 80. Apesar do clima festivo, as letras expressam potentes críticas sociais como em “Extra II (O Rock da Segurança)”, “Feliz Por Um Triz” e “A Mão da Limpeza”. O álbum ainda conta com clássicos do quilate de “Pessoa Nefasta”, “Vamos Fugir” e “Tempo Rei”.   

🎧 Ouça aqui.

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