Sempre pensamos em aeroporto como porta de saída. Nem sempre nos preocupamos em explorar o imaginário do que pode ser a geografia inusitada do entorno. Uma geografia não óbvia que se transforma em refrão: “Zumbi, Praia de Ramos, da Bica e Cocotá. Ribeira, Galeão, Fundão e Tauá”. Assim, os Djangos lançam o segundo petardo sonoro de um EP (100 Cortes Revisitado) que registra músicas que rolam desde os anos 90 mas ainda não tinham sua versão de estúdio.

Produzir durante a pandemia é osso! Primeiro é preciso iniciar o trabalho, e bem, porque se “se ele decolar meio torto, a gente não consegue mais parar”. Depois tem que se fazer uma aterrissagem com todas as manobras necessárias para um resultado que seja satisfatório para a banda, mantendo a energia em alta. O processo de arranjo e gravações de “Aeroporto Internacional” foi o mais complexo e demorado do EP até agora. Não deixa de ser também um processo de resistência mental e espiritual nestes tempos em que a gente parece não sair do lugar.
Por isso, você recebe agora o resultado do percurso musical realizado por Marco Homobono (vocal e guitarra), João Aquino (bateria) e Lyle Diniz (baixo) nesta cidade de contradições. Neste encontro de passado com o futuro, porque se o estado é do Rio de Janeiro, a baía ainda é da Guanabara, e a gente mora aqui nesse lugar. São Sebastião há de nos valer e “Aeroporto Internacional” está entregue para você voar. (Por Phillip Johnston)
DJANGOS
SINGLE: AEROPORTO INTERNACIONAL
INDEPENDENTE
SELO 90 UNDER
Produção e gravação: Djangos
Mixagem e Masterização: Fábio Aguilar
Capa: Foto de Nem Queiróz com arte de Marco Homobono
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