Banda liderada por Dave Grohl faz um sutil aceno ao pop em seu novo disco de inéditas.
Finalmente o aguardado “Medicine at Midnight”, novo disco do Foo Fighters (o décimo da discografia), ganhou a luz dia. Inicialmente planejado para ser lançado como parte das celebrações de 25 anos de carreira da banda americana (evento ocorrido em 2020), o álbum foi adiado devido às intercorrências provocadas pela pandemia do novo coronavírus.
Em entrevistas recentes, Dave Grohl, o comunicativo guitarrista e vocalista da banda, prometeu ao público um disco dançante, comparando a sonoridade de seu rebento com “Let’s Dance”, disco lançado por David Bowie no distante ano de 1983. A produção ficou a cargo de Greg Kurstin (Paul McCartney, Adele, Kelly Clarkson, Pink e outros).

O conjunto da obra é um disco predominantemente alto astral e que possui um acento ligeiramente mais pop do que os trabalhos predecessores do grupo, mas nada que vá chocar os fãs da banda. Os pontos altos ficam por conta do boogie rock modernoso “Cloudspotter”, a relflexiva “Waiting On a War, a camaleônica “Medicine At Midnight” e a simpática balada “Chasing Birds. Destacam-se negativamente o pop pretensioso e insosso “Shame Shame”, em que Grohl tenta soar como uma “diva pop” qualquer e “Making a Fire” – que parece uma sobra de algum disco lançado por Lenny Kravitz no início dos anos 90.
Apesar das expectativas geradas pelo próprio Grohl, “Medicine at Midnight” é um bom disco de rock, nada além disso. Pode até ser o primeiro passo para uma mudança mais significativa nos horizontes da banda, mas isso só o futuro dirá. (Por Álvaro Silva rotasongs@gmail.com)

FICHA TÉCNICA
Artista: Foo Fighters
Álbum: Medicine at Midnight
Produção: Greg Kurstin
Data de Lançamento: 05 de fevereiro de 2021
Duração: Aprox. 36m32s
Gravadora: RCA Records
Faixas:
01. Making a Fire
02. Shame Shame
03. Cloudspotter
04. Waiting on a War
05. Medicine at Midnight
06. No Son of Mine
07. Holding Poiso
08.Chasing Birds
09. Love Dies Young