A banda The Dead Daisies lança o excelente “Holy Ground”, primeiro álbum com a presença de Glenn Hughes (ex-Deep Purple e Black Sabbath) nos vocais e contrabaixo
A história da banda The Dead Daisies começa em 2013, quando o empresário multimilionário australiano e guitarrista David Lowy – um aficionado pelo rock praticado na década de 70 – resolve investir tempo e dinheiro na formação do grupo. Desde a sua fundação, músicos consagrados como Richard Fortus (Guns’n’Roses) Darryl Jones (Rolling Stones), Dizzy Reed (Guns’n’Roses), Marco Mendoza (Whitsnake), John Tempesta (The Cult), John Corabi (Mötley Crue), Brian Tichy e outros participaram da empreitada.
“Holy Ground” é o quinto trabalho em estúdio da banda e foi gravado no estúdio La Fabrique, localizado no sul da França, sob a batuta do produtor americano Ben Grosse (Alter Bridge, Dream Theater, Marilyn Manson e Thirty Seconds to Mars). A bolachinha deveria ter saído no primeiro semestre de 2020, mas a pandemia do novo coronavírus atrasou os planos. O lançamento veio somente em 22 de janeiro do ano corrente.
O disco marca a estreia do veterano Glenn Hughes (baixo e vocais). Aos 69 anos de idade, o músico britânico esbanja vitalidade cantando com técnica e extensão vocal impressionantes. Além disso, sua entrada nitidamente adicionou um tempero de R&B e groove ao hard rock pesado praticado pela banda, sua presença é tão dominante que o álbum poderia muito bem se passar por um trabalho solo de sua discografia. Doug Aldrich (guitarra) é um mestre em criar riffs pesados e solos de guitarra velozes. Castronovo (bateria) proporciona pegada firme e segurança nas batidas. Já David Lowy (guitarra) é um mero coadjuvante em sua própria banda, mas parece não se preocupar com isso, toca com dignidade mantendo a cama rítmica para que seus colegas se destaquem.

Ao todo são onze faixas bastante consistentes. Com destaque para “Like No Other (Bassline)” – um funk-rock certeiro com direito a um curto e distorcido solo de contrabaixo; a grudenta “Unspoken” (um dos singles selecionados para promoção do trabalho); as pesadas “Saving Grace” e “My Fate” que lembram bastante as canções do disco “Fused” – álbum colaborativo lançado em 2005 por Tony Iommi (Black Sabbath) em parceria com Hughes. Outro ponto forte é a balada “Far Away” que começa suave e termina num rompante acelerado.
A nova formação da banda mostra-se entrosada, fazendo de “Holy Ground” um trabalho consistente, pesado, melódico e com muito groove. 2021 está apenas começando, mas temos aqui um sério candidato a figurar nas listas de melhores álbuns do ano. Imperdível.

FICHA TÉCNICA
Artista: The Dead Daisies
Álbum: Holy Ground
Data de lançamento: 22 de janeiro de 2020.
Gravadora: SPV/Shinigami Records (Brasil)
Duração: 48m
Faixas:
01. “Holy Ground”
02. Like No Other (Bassline)
03. Come Alive
04. Bustle and Flow
05. My Fate
06. Chosen and Justified
07. Saving Grace
08. Unspoken
09. 30 Days In the Hole
10. Righteous Ways
11. Far Away
Eu tenho visto resenha atrás de resenha promovendo esse álbum, e eu genuinamente odiei ele. Achei que o único ponto forte foi o Glenn Hughes no baixo, sei lá, achei a guitarra solo principalmente extraordinariamente ruim. Cheguei a fazer uma resenha dele para o meu blog, mas meu deus, pra mim, já concorre a um dos piores do ano.
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